Fim

… tem alunos de cá, alunos de fora, alunos de além mar. Tem quem goste de Lisboa e quem goste de voltar a casa. Tem meninos do Bairro Alto e meninas da Kapital. Tem os craques do futebol e o pessoal da Gulbenkian. Tem o pessoal da Associação e o pessoal do contra. Tem os meninos e as meninas bonitas. Tem a maltinha alternativa. Tem quem venha a todas as aulas e quem não venha a nenhuma. Tem faladores inveterados e quem não abra a boca por nada. Tem os fumadores de última hora, os stressados e os marrões. Tem os juristas de segunda e terceira geração e os ilustres desconhecidos.

... tem tambêm o pessoal lambe-botas, intriguista e mesquinho. Tem quem julgue os outros sem os conhecer. Quem se ache omnisapiente sem nunca ter lido um livro que seja. Quem se acomode no status quo como político numa empresa pública. Tem aqueles que acham que o mundo e o país são cor-de-rosa. Tem quem saiba que não são e ainda bem para eles. Tem os políticos de segunda. Tem os cábulas puritanos que nunca o admitem.

... e não são só os alunos. A maior contribuição para o falhanço desta faculdade são os professores. Pessoas sem uma visão de futuro, sem a vontade de mudar as coisas. Uma escola criadora de juristas máquinas, conformados e incapazes de pensar fora dos modelos existentes. Uma escola que se tornou exclusivista, que não apostou em formar para o futuro. Uma escola que não apela á formação cívica e que não apoia movimentos fora do estipulado. Uma escola em que os órgãos são puramente inoperacionais, regida por objectivos insondáveis. Uma escola que não inova, não renova e que de Nova só tem o nome.

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